AÇÃO ENTRE AMIGOS TRAZ CALOR AOS MORADORES DE RUA
Diante do aterrador inverno, moradores de rua encontram alento nas ações de grupo de estranhos e doadores anônimos. Uma ação entre amigos trouxe calor aos corpos e corações dos moradores de rua neste inverno rigoroso que se abate sobre a capital. Com sede próxima ao bairro Moinhos de Vento em Porto Alegre, na residência de Gertrudes de Lima Souza Filho, a ONG Há Braços Quentinhos (trocadilho para o carinho que dão ao público vulnerável da capital) que não recebia ajuda tinha meses e só contava com a produção própria feita por sua idealizadora (na forma de toucas, mantas e cobertores de crochê), recebeu uma inesperada ajuda. Nos dias 10, 11 e 12, grupos de pessoas de aparência humilde chegaram a sua residência trazendo sacos e mais sacos de roupas para doações e revitalizaram o local. Gertrudes disse “no começo achei que vinham roubar, que se tratavam de bandidos, pois eram todos mal encarados”, mas seu coração se encheu de esperança quando viu os frutos de seus trabalhos. Gertrudes, há muito é uma senhora preocupada com a condição dos moradores de rua. A senhora, que teve um filho nestas condições (vítima das drogas), diz que “não consegue dormir bem a noite enquanto existem pessoas passando frio e, ainda que não possa ajudar todos, ajuda a todos que pode”. Nestes três dias, seu coração encontrou alento ao ver estes jovens e senhores que tão repentinamente partiram em seu auxílio “é de tocar o coração, onde quer que estejam espero que Deus os abençoe com tudo que há de bom”. Além das doações, os jovens, em particular um que deseja manter-se no anonimato, colocou-a em contato com outras ONG’s de caridade, o que permitirá que dona Gertrudes ambiente-se dos problemas da comunidade e mantenha sua ONG aberta por mais tempo “Estes jovens foram enviados por Deus, são um suspiro de esperança neste inverno frio, suas ações deixaram dúzias de famílias quentinhas e esta velha também”. Pelas estimativas da senhora Gertrudes, pelos próximos meses, ela poderá prestar assistência a pelo menos duas dúzias de desabrigados, que encontraram nas suas ações motivos para dormirem com maior esperança.