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Meu Solo Nefasto

Boas noites finais e bem vindos à não-vida, crianças.

     

"Há muito tempo, morei nestas terras. Tempo onde a Camarilla sequer conhecia a existência deste país - uma terra de índios - e eu era o espírito da terra. Um lugar infestado de monstros, onde eu só era apenas um entre muitos disputando um lugar na noite e no medo da cainale. 

 

Acompanhei de minha janela a sociedade mortal passar de índios a imigrantes com sonhos de recomeço. Observei os Tremere chegarem, assim como os Giovanni e seguido pelos Setitas. Observei camarillas se erguerem e sumirem, além dos Sepé lutarem por seu povo e por ele morrer. Vi também Garibaldi e Anita lutarem por liberdade, mas sendo fantoches dos Ventrue. Acompanhei o estado virar país e o país voltou a ser estado. Assisti a Camarilla ser sonho onde o Sabá era realidade.

 

Eu vi Toreador e Tremere criarem uma Camarilla que hoje não tem mais de 30 anos de estabilidade, mas seus líderes, um a um, renunciaram e seus imediatos assumirem - por medo, depravação, ambições maiores ou auto preservação. 

 

Vejo, ainda, a monarquia jovem, Príncipes envelhecerem mil anos diante de meus olhos - e me deleito. Jovens crianças da Camarilla nunca serão o Senhor Voivode que eu fui.

 

Observei e sofri, como todos os Anciões, a fúria e ódio das Crianças da Noite sobre o poder e dominação por parte dos mais antigos. Foi quando então me afastei. Deixei minha terra de outrora a um leal Príncipe da Camarilla e parti, aguardando o momento que minha terra despertará e cobrará pelo sangue nela derramado.

 

Pois, como eu não havia ainda mencionado: esse solo tem um dono mais antigo que eu.

 

Bem vindos, mil vezes bem vindos a este solo Doentio que chamo de lar."

 

                                                                                           Igor Kravinot

 

 

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